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quarta-feira, 28 de março de 2012

Inspiração

Acho que um dia de vinte quatro horas é pouco para tudo aquilo que quero viver. Garimpar neles minutos sagrados para criar não é tarefa fácil. Mas, parafraseando Picasso, a inspiração me encontrará de caneta na mão. Não desistirei. As palavras que me surgem sempre acharão um pedaço de papel para se tornarem reais. As palavras de hoje não são minhas e me foram apresentadas em uma reunião no final do dia. Fiquei feliz em perceber a eternidade e a força que elas possuem. Invictus é um pequeno poema do poeta Inglês William Ernest Henley (1849-1903). Foi escrito em 1875 e publicado pela primeira vez em 1888. Serviu de inspiração para Nelson Mandela, no tempo em que ele esteve na prisão. Quando o caminho é verdadeiro, o tempo não o destrói.

"Dentro da noite que me rodeia
Negra como um poço de lado-a-lado
Eu agradeço aos deuses que existem
Por minha alma indomável
Nas garras cruéis da circunstância
Eu não tremo ou me desespero
Sob os duros golpes da sorte
Minha cabeça sangra,
Mas não se curva,
Além deste lugar de raiva e choro
Para somente o horror da sombra
E, ainda assim a ameaça do tempo
Vai me encontrar e me achar, destemido
Não importa se o portão é estreito,
Não importa o tamanho do castigo.
Eu sou o dono do meu destino.
Eu sou o capitão da minha alma"

domingo, 25 de março de 2012

Criar

Estou exausta...a tarde foi produtiva, mas cansativa. Minhas meninas estão ganhando corpo e rosto. Isso me deixa extremamente feliz. Tive que deixá-las agora, para que tudo pudesse voltar ao normal novamente. Em breve elas estarão por aqui. Um poema meu veio antes delas e por elas. Hoje é o dia dele ser compartilhado:

Não sou mais eu.
É apenas o meu desejo
que destruiu
tudo aquilo que
eu sabia de mim.
Não me reconheço mais.
Preciso urgentemente despertá-la.
Ela, que dorme em meu peito
Secular e serena.
Preciso olhar em seus olhos
para ver que ainda existo lá.
Preciso banhar-me eu seu perfume
vestir-me com suas flores,
reaprender seus gestos,
doces e dançarinos.
Deixar que ela me toque
e ressurja plena.
Eu não sou mais.
Apenas o meu desejo
é que sabia de mim
e destruiu tudo.
Permaneço cega.

sexta-feira, 23 de março de 2012

Pela manhã...

Acordei cedo e delirante de palavras. Já deitei delirando com elas e a manhã fez que elas pudessem encontrar seu espaço nas folhas do meu caderno. Parece poético isso, é é realmente, porque . só consigo pensar assim. Tudo que vem para mim, vem de forma intensa, dramática e lírica. Aprendi a gostar disso, apesar de, às vezes me sentir engolida por essa sensação. Quando peguei meus manuscritos logo nas primeiras horas do dia, senti que eles pesavam, de verdade, sem metáforas. Parece que todas as palavras escritas, a duras penas com minha esferográfica ganharam um corpo físico. Meu primeiro romance começa a ganhar vida. Toda vez que o escrevo tenho a sensação que estou escrevendo algo muito importante, não só pra mim. Nada faria sentido se fosse só meu. Minhas meninas pertencem ao mundo, e em breve, elas estarão prontas para ganhar vida. Personagem ganha vida em páginas de livros, e elas se materializarão no meu próximo. O tempo me faz falta, muita falta. É como se eu me perdesse do meu caminho e tivesse que dar uma volta imensa pra reencontrá-lo. Preciso de tempo e solidão. Também preciso de uma escrivaninha, um pouco mais de dinheiro, um carro, móveis novos, uma boa viagem, e de paz. Mentira. A paz me acomoda e não conseguiria mais escrever. Necessito do Caos

domingo, 18 de março de 2012

Bem-vindos ao CAOS

Nada me dá mais prazer do que criar. A Criação já está mim. Exercito essa prática cozinhando, parindo, escrevendo e queria muito poder compartilhar isso com as pessoas que, curiosas como eu, também praticam a criação nossa de cada dia. A ideia do diário do Caos surgiu em um dia no qual eu poderia falar horas sobre as coisas que tenho criado. Mas não tenho tantas horas do dia para poder falar ou trabalhar nelas e como escrever é meu modo de perceber o mundo, o Diário foi aberto. Bem-vindos ao meu caos particular. Tive que aprender muito com a vida. Uma das lições principais é que é não se pode negar o que se é. Passei muito tempo tentando fazer um monte de coisas que não eram eu. Era um mundo que não me pertencia. Demorei muito até chegar perto de mim, e acreditem, não foi, nem tem sido um caminho fácil.Escrever implica em uma entrega que muitas vezes é dolorosa.É quase uma necessidade física. Tive que adaptar tudo isso á realidade das coisas, o que às vezes me dá uma sensação de amputação de desejos, embora em outras vezes seja o que me traga de volta à tona. Nem sempre quero voltar.