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sexta-feira, 23 de março de 2012

Pela manhã...

Acordei cedo e delirante de palavras. Já deitei delirando com elas e a manhã fez que elas pudessem encontrar seu espaço nas folhas do meu caderno. Parece poético isso, é é realmente, porque . só consigo pensar assim. Tudo que vem para mim, vem de forma intensa, dramática e lírica. Aprendi a gostar disso, apesar de, às vezes me sentir engolida por essa sensação. Quando peguei meus manuscritos logo nas primeiras horas do dia, senti que eles pesavam, de verdade, sem metáforas. Parece que todas as palavras escritas, a duras penas com minha esferográfica ganharam um corpo físico. Meu primeiro romance começa a ganhar vida. Toda vez que o escrevo tenho a sensação que estou escrevendo algo muito importante, não só pra mim. Nada faria sentido se fosse só meu. Minhas meninas pertencem ao mundo, e em breve, elas estarão prontas para ganhar vida. Personagem ganha vida em páginas de livros, e elas se materializarão no meu próximo. O tempo me faz falta, muita falta. É como se eu me perdesse do meu caminho e tivesse que dar uma volta imensa pra reencontrá-lo. Preciso de tempo e solidão. Também preciso de uma escrivaninha, um pouco mais de dinheiro, um carro, móveis novos, uma boa viagem, e de paz. Mentira. A paz me acomoda e não conseguiria mais escrever. Necessito do Caos

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